quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Oficina de Xilogravura_Festival Pernambuco Nação Cultural_16ª Festa da Estação 18 a 21 de Novembro de 2014






























































A xilogravura - arte de gravar em madeira - é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No Ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média, através das iluminuras e confecções de baralhos. Mas até ai, a xilogravura era apenas técnica de reprodução de cópias. Só mais tarde é que ela começa a ser valorizada como manifestação artística em si. No século XVIII, chega à Europa nova concepção revolucionária da xilografia: as gravuras japonesas a cores. Processo que só se desenvolveu no Ocidente a partir do século XX. Hoje, já se usam até 92 cores e nuanças em uma só gravura.
Aspecto de grande importância do Cordel é, sem dúvida, a xilogravura de suas capas. Sabe-se que o cordel antigo não trazia xilogravuras. Suas capas eram ilustradas apenas com vinhetas - pobres arabescos usados nas pequenas tipografias do interior nordestino. A partir da década de trinta, surgiram folhetos trazendo nas capas clichês de artistas de cinema, fotos de postais, retratos de Padre Cícero e Lampião. As xilogravuras ou "tacos", como ainda hoje preferem chamar os artistas populares, usando madeiras leves, como umburana, pinho, cedro, cajá.Na década de setenta, apareceram no Nordeste vários álbuns de xilogravuras de cordel. Destacamos os publicados pela Divisão de Cultura da Prefeitura da Cidade de Salvador, Bahia, intitulado "Xilogravura Popular - Cordel", reunidos xilos de Minelvino Francisco para folhetos de Rodolfo Coelho Cavalcante, com apresentação de Rosita Salgado; o da coleção Théo Brandão, "Xilogravuras Populares Alagoanas" (Alagoas, 1973), inserindo tacos de José Martins dos Santos, Manoel Apolinário, Antônio Almeida e Antônio Baixa-funda, com apresentações de Pierre Chalita e Théo Brandão; e "Transportes na Zona Canavieira", divulgando 21 xilogravuras de José Costa Leite (Instituto do Açúcar e do Álcool, Serviço de Documentação, Recife, 1972), com apresentação de Mário Souto Maior.